Palestra dada por Sant Kirpal Singh em Sant Bani Ashram, EUA. No dia 11 de outubro de 1963.
Palestra disponível em MP3 em www.audio.sant-kirpal-singh.org
You Tube https://www.youtube.com/watch?v=n5Fb0tKzz1Y com legendas em português
As religiões foram feitas pelo homem, para sua elevação moral e espiritual. Elas foram feitos para o homem, e o homem não foi feito para elas. O objetivo de se ingressar em uma religião é conhecer a Deus, que é o mais elevado ideal diante de nós. No corpo humano temos uma oportunidade de ouro, que é a de poder conhecê-Lo, o que não é possível em nenhum outro corpo. Todos nós que estamos aqui sentados, temos a sorte de estarmos no corpo humano e também de termos partes nas várias religiões para alcançar o objeto da vida, que temos diante de nós. Temos que ver, o quão longe fomos, até agora, para alcançar o objeto da vida, que está nas nossas frentes.
Chegará a hora em que teremos que deixar o corpo. O corpo não é eterno, ele é feito de matéria. A matéria é feita de elementos e átomos; é uma composição de várias coisas que se decompõem depois de algum tempo. Logo, a matéria está mudando, entenda. Nós somos o morador interno do corpo humano. Nós não somos o corpo, mas somos o morador interno do corpo. O que nós somos? Somos entidades conscientes, seres conscientes. Este ser consciente ou o nosso próprio eu, como você pode dizer, é composto de apenas uma substância, que é a consciência. Aquilo que é constituído dessa uma substância, naturalmente não irá se decompor ou desintegrar, pois ela é eterna, imutável. Mas o corpo que estamos carregando está mudando a cada momento da vida. Foi dito que até mesmo as partículas de nossos ossos são substituídas, são renovadas em sete anos. A partir desse ponto, podemos dizer que todo o universo também é feito de matéria, e a matéria está mudando na mesma velocidade que nosso corpo, que é feito também de matéria, e está mudando. Mas Deus é toda consciência que é feita de uma substância e, como tal, não pode ser decomposta ou desintegrada – ela é eterna. Portanto, Deus é eterno, permanentemente imutável e, da mesma forma, nossa alma sendo da mesma essência que a de Deus, também é eterna. Mas o corpo que estamos carregando está mudando.
Você descobrirá que todos os Mestres disseram a mesma coisa em seu próprio idioma. Soamiji nos diz: “Bem, ó alma, tu és a essência de algo que é eterno”. Da mesma forma, em Guru Granth Sahib, é dito: "Nós somos espírito no homem. E se o espírito é eterno, por que tememos que tenhamos que morrer?" Então também somos eternos. Sendo nossa alma uma entidade consciente, seu verdadeiro lar é naturalmente aquilo que é a toda consciência, o verdadeiro lar de nosso Pai. Mas ela (nossa alma) foi envolvida com mente, matéria e atrações exteriores, e se identificou tanto com isso que não conseguimos diferenciar o nosso eu, do nosso corpo.
O corpo está mudando. Nós nos identificamos com o corpo, e pensamos que somos eternos, mas isso é um reflexo de Deus dentro de nós. Nós nunca pensamos em morrer. A alma nunca pode morrer, mas tem que deixar o corpo algum dia, entenda. Nossas experiências diárias mostram que nosso corpo está trabalhando enquanto estamos no corpo, e estamos no corpo enquanto algum poder de controle estiver nos mantendo no corpo.
O corpo humano é uma casa maravilhosa em que moramos. Ela tem nove aberturas: dois olhos, duas orelhas, duas narinas, boca e órgãos genitais, e não conseguimos fugir delas. É uma casa maravilhosa em que vivemos. A respiração sai e é novamente empurrada de volta ao corpo, não pode permanecer do lado de fora. Existe algum poder controlando-o de volta ao corpo. Esse mesmo poder de controle é chamado por nomes diferentes: Deus, - e tantos nomes.
Assim, no corpo humano, podemos conhecer a Deus, mas primeiro precisamos conhecer a nós mesmos, porque somente a alma pode conhecer a Deus. Iguais se reconhecem. Mas, como eu lhe disse, estamos tão identificados com a mente, matéria e os agentes sensoriais, que não podemos diferenciar o nosso eu e o corpo. Dizemos muitas coisas: “Eu não sou o corpo, não sou o intelecto, não sou o ar vital (pranas)”, mas podemos analisar a nós mesmos? Dizemos: "É meu casaco, é meu relógio, é meu chapéu". Podemos tirá-los, à vontade. Também dizemos: “Esse é o meu corpo”. Podemos nos livrar dele? Mas vemos que a hora chega, em que temos que deixar o corpo, e esse corpo é carregado pelas pessoas para o local da cremação ou para o túmulo, de acordo com os costumes predominantes em cada religião.
Então, o que é isso que anima este corpo e que somos? Todos os mestres dizem que este mundo é temporário, não duradouro. Estamos todos sob uma grande ilusão, os eruditos e os indoutos, os velhos e os jovens, os ricos e os pobres. Por que estamos sob essa grande ilusão? Porque não nos conhecemos. Nós somos o morador interno do corpo. O corpo é feito de matéria e está mudando na mesma velocidade que o mundo inteiro (à nossa volta) está mudando. À medida que nos identificamos com o corpo que está mudando, e o mundo inteiro também está mudando sendo feito de matéria, pensamos: “É estacionário”. Quando duas coisas estão se movendo na mesma velocidade, aqueles que se identificam com elas dizem que é estacionário. Por exemplo dois trens que estão circulando, nós estamos sentados nos trens e os trens estão indo na mesma direção e na mesma velocidade – às vezes isso acontece. Os homens sentados nos dois trens pensam: “Oh, ainda estamos sentados aqui”, embora os dois trens estejam correndo rápido. Essa é a ilusão da qual temos que sair.
Guru Nanak disse: “Enquanto não nos conhecermos, estaremos todos sob uma grande ilusão”. Como podemos sair dessa ilusão? Simples, você sabe como deixar os trens? Se um que estiver sentado em um trem sair, ele terá certeza: “Oh, o trem está muito rápido!” Essa é a ilusão em que todos nós estamos. Esse tem sido o slogan de todos os mestres que vieram no passado. Cristo disse: “Conhece-te a ti mesmo!” Guru Nanak também disse a mesma coisa, os Upanishads dizem: “Conheça a si mesmo!” Os antigos gregos também estabeleceram a mesma coisa: "Gnothi seauton".
O propósito dos Mestres que vêm é o de depertar-nos: “Bem, ó homem, você está tão identificado com o corpo, com as atrações exteriores e com os prazeres que esqueceu de si mesmo”. O corpo humano é o mais elevado de toda a criação, porque nele você pode se conhecer. Como? Saindo dessa ilusão – pela autoanálise, subindo acima da consciência corporal.
Mas como fazer isso? Essa é a questão! Deixaremos o corpo algum dia, todos irão, sem exceção a essa regra. Mas se soubermos como deixar o corpo, então o mistério da vida é resolvido. Se soubermos como deixar o corpo, conheceremos qual é esse poder que está nos controlando. Tornamo-nos colaboradores conscientes do plano divino. Todos os Mestres têm dito isso. Maulana Rumi disse: "Bem, alma, você é a moradora do verdadeiro lar de seu Pai, que é uma permanência eterna e imutável. Você fica presa rapidamente no pó e na matéria. Por que você não acorda?" Ele diz ainda: "É uma vergonha para você," - ele está usando a palavra ‘vergonha’ - "sendo filho de Deus, sendo filha de Deus, entenda, longe de sua casa, você é levado pela mente e atrações exteriores, tão distantes Dele. Onde você está? Apenas em um país estrangeiro, e se esqueceu completamente da sua casa. Então pense em sua casa e em quem você é!"
E como podemos fazer isso? Nas escrituras, encontramos: “Fique quieto e saiba que você é Deus!” Somos espírito no homem, somos entidades conscientes, mas identificadas com a mente, corpo e atrações exteriores, tanto que nos esquecemos de nós mesmos. Um santo disse que você cometeu um crime hediondo contra si próprio. Qual foi esse crime hediondo? Você é o morador interno do corpo e você se esqueceu do morador interno, você mesmo!
Agora, o que quer que estejamos fazendo, estamos fazendo no nível do corpo humano. Se você perguntar “Quem é você?” a uma criança pequena de três ou quatro anos, ela abre os olhos, ela abre a boca. Esta criança está experimentando algo (atrás da testa). À medida que ele cresce, você pergunta a ele novamente: “Quem é você?” ele diz: “Sou o Sr. Smith, sou o Josef, sou americano, sou francês, sou alemão, sou indiano”. Ele esqueceu quem ele é. Esta é a ilusão, entende? Esquecimento ou ignorância, você pode dizer, da qual temos que sair. Você pode sair apenas quando diferenciar você mesmo do seu próprio corpo.
Todos os Mestres que vieram, têm nos dito a mesma coisa, é claro em sua própria língua que prevaleceu naquele momento. Nas escrituras, encontramos: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.” Entende? Mais uma vez eles dizem: “A menos que você perca si mesmo(aquilo em que você está identificado com), você não pode ter uma vida eterna”. Estamos vivendo uma vida superficial no nível do corpo humano e nunca mergulhamos lá dentro para ver o que somos, quem somos. Estamos nos prendendo as cascas externas da noz, sem nos importar com o fruto interior.
O homem tem três aspectos: possui o corpo humano que é feito de matéria, possui o intelecto e a alma – alma incorporada. Então, temos sorte, temos um corpo humano. Fizemos um grande progresso físico em termos de bens externos. Intelectualmente, também estamos fazendo invenções maravilhosas, mas com tudo isso, sempre que perguntamos a alguém: “Bem, como você está se saindo espiritualmente?” ele até pergunta - “Do que você está falando?” Estamos vivendo nossas vidas seguindo o slogan “coma, beba e seja feliz”, um modo de vida epicurista, nunca se importando com nosso próprio eu.
Existem valores da vida, uns são mais importantes, outros são menos e alguns são nem um pouco. Então o corpo humano é um presente de Deus, o degrau mais alto da criação, a oportunidade de ouro que temos, porque somente nele podemos conhecer a Deus. Kabir disse: "Mantenha-o o máximo que puder. Depois que tiver saído de suas mãos, é muito difícil conseguir um corpo humano". Os velhos Rishis tentaram muito, vivendo pelo menos cem anos. Outros Mestres disseram: “Bem, mantenha este cavalo em que você está montado!” - “Uma mente forte em um corpo forte.” Portanto, o corpo deve ser cuidado, não deve ser deixado sozinho. Mas, ao mesmo tempo, devemos ver que não somos o corpo, somos o morador interno do corpo. Você encontrará: “Não é a vida mais do que a carne, e o corpo mais do que as roupas?”(Lucas 12:23). Não são os bens que temos menos importantes que nosso próprio corpo? E nós não somos ainda mais importantes que nosso corpo? Se a casa está pegando fogo e você escapou, você diz: “Graças a Deus, eu estou salvo!” Portanto, o corpo é mais valioso do que os bens. Se acontecer algum acidente – você talvez ore, “Deus, não permita!” – dizemos: “Graças a Deus, eu estou salvo!” Nossa própria vida é mais valiosa que o corpo. Mas como estamos nos comportando? Durante todo o tempo, vinte e quatro horas do dia e da noite, temos interesse em ter bens no exterior ou apenas em manter nosso corpo. Nunca damos a mínima de importância para nós mesmos. Quem nos dirá que somos sábios, você vê?
Logo, você é o tesouro mais valioso neste corpo humano. Deus o guardou, trancado em caixas diferentes, você pode dizer. Qualquer diamante valioso, você o guardaria em um caixão, depois em um segundo e depois em um terceiro. Da mesma forma, Deus manteve a forma de Cristo dentro de nós – nosso próprio eu e o poder de controle que está nos controlando no corpo. Primeiro é o caixão de ferro, esse corpo físico. E ainda dentro dele existe o corpo astral, ainda mais adiante temos o corpo causal. Portanto, esses são os três caixões e, sendo o mais valioso, somos mantidos lá dentro. Temos que nos livrar deles para nos conhecermos.
O profeta Maomé disse: “Deus disse, ‘Eu sou o tesouro escondido dentro de você’”. Você é Deus no homem, você é espírito no homem. Quando somos capazes de sacudir esses caixões, você sabe: “O Pai está em mim e eu estou no Pai – eu e meu Pai somos um”. - “O filho é tingido na cor do Pai, o Pai fala através do filho.” Você experienciará isso, mas quando? Quando você sair desse corpo. Então, o macrocosmo está no microcosmo do corpo humano. Temos que resolver esse mistério da vida: o que somos, quem somos.
Temos certos valores da vida, avançamos maravilhosamente fisicamente, intelectualmente. Mas fizemos pouco ou nada sobre nós mesmos. Com todos esses avanços físicos, acabamos de descobrindo muitos métodos, como manter o corpo, como funciona, como fica fora de ordem, como pode ser corrigido novamente. Temos tantos métodos, o mais antigo é o sistema Ayurveda, depois veio o sistema Unani, depois veio a alopatia, depois a homeopatia, a naturopatia e muitos outros, só para manter o corpo.
Intelectualmente, avançamos maravilhosamente. Podemos ouvir as vozes de milhares de quilômetros através de rádios. Agora também podemos ouvir e ver quem está falando pela televisão. O mundo tornou-se pequeno por conta dos aviões. Em horas, podemos atravessar de um extremo ao outro extremo do mundo. Também podemos dar a volta ao mundo em algumas horas. Maravilhoso! Agora (1963) estamos tentando alcançar a Lua! Mas com todos esses avanços, estamos felizes? Não! Todo homem é infeliz. Guru Nanak disse: “Todo o mundo é infeliz”. Kabir disse: “Eu não vi um homem feliz depois de entrar no corpo humano”. Tulsi também disse: “Todos são infelizes, fisicamente, financeiramente ou mentalmente”. Então, há alguma esperança de um homem se tornar feliz? Estamos todos atrás da felicidade, não é? Estamos ganhando dinheiro, possuímos bens, construímos casas, casamos, temos filhos, apenas para quê? Por uma questão de felicidade! Mas não encontramos felicidade, mesmo ela estando lá. A verdadeira felicidade está dentro de você. Portanto, com todos esses avanços, não fomos capazes de ser felizes. A razão é que, o terceiro lado, nosso próprio eu, o lado espiritual, não é cuidado. Se fizermos algumas orações, lermos certas escrituras ou realizarmos um ou outro rito e ritual, essas são boas ações. Ler as escrituras, avançar intelectualmente é apenas uma dieta ou um alimento para o seu cérebro, para o intelecto. E a partir do alimento físico que você dá ao corpo, você se torna física e intelectualmente forte. E o que você está dando à sua própria alma? Há um pão da vida e água da vida. Se pudermos ter isso, também podemos nos tornar espiritualmente fortes.
De onde podemos ter esse pão da vida? Tulsi disse: “Bem, você deve se sentar aos pés de um Mestre para se tornar feliz. Você terá o pão da vida e a água da vida.” Espero que você se lembre de Jesus Cristo quando ele foi a uma fonte, havia uma senhora samaritana lá, que tinha uma jarra cheia de água na cabeça. Ele pediu que ela lhe desse um pouco de água para beber. Mas ela disse: “Bem, por estranho que pareça, somos samaritanos. Vocês (os judeus) não têm nada a ver com os samaritanos, por que você me pede água?” Ele falou que se ela soubesse quem ele era, ela teria dado água a ele. Então ele disse a ela: “Bem, esta água que você está carregando apenas acalma sua sede por um tempo. Você terá sede novamente, de novo e de novo. Mas, se você viesse a mim, eu lhe daria a água da vida, que acabaria com sua sede para sempre.” E disse também: “Eu sou o pão da vida. Eu sou o pão da vida e este pão da vida veio do céu. Quem me come e bebe tem a vida eterna.” (João 6:48 – 58)
Um Mestre – você pode dizer que é o polo humano em que Deus está falando, o porta-voz de Deus – ele pode lhe dar o pão e a água da vida. E o que é esse pão da vida ou a água da vida? Você encontrará (no Evangelho de São João): “O Verbo se fez carne e habitou entre nós”. E o que é o Verbo? Deus era, esse Deus absoluto que ainda não havia se manifestado. Até que Deus surgiu, e se expressou, entrou em ação, esse Poder-de-Deus-em-expressão se chama Verbo, Palavra, Naam ou Shabd. Essa é a causa de toda a criação. “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. Ele, a Palavra, estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas através dele, e, sem Ele, nada do que existe teria sido feito.”(João 1:1) E onde está essa Palavra? “Tua Palavra está assentada no céu.” Esta Palavra é o pão da vida que veio do céu, entenda. Onde se manifestou, materializou-se em algum ser polo humano (Mestre), ele pode entrar em contato com sua alma, retirá-la da mente e da matéria e dar-lhe esse pão da vida. Você pode ser feliz apenas se tiver o pão da vida e a água da vida. Estou citando essas coisas da Bíblia porque as pessoas daqui são mais familiarizadas com a Bíblia (do que com outras escrituras). Podemos encontrar exatamente as mesmas palavras nos ditados de outras escrituras também – em seu próprio idioma, é claro.
Portanto, a menos que tenhamos progresso espiritual e tenhamos o alimento da vida, o pão da vida, não seremos felizes. Fizemos muitas invenções e agora estamos em perigo de guerra atômica. Graças a Deus, que por Sua piedade ela foi evitada dessa vez. Mas ainda assim nosso próprio intelecto vai contra nós. Se nos conhecêssemos primeiro, todas essas coisas (invenções) teriam ajudado a humanidade. Mas porque sabemos pouco ou nada sobre nós mesmos, essas mesmas coisas estão agora pairando ao nosso redor. A qualquer momento em que (tal guerra) começar, o mundo terminará.
Somente no corpo humano podemos ter esse pão da vida. Quem pode lhe dar esse pão da vida? Aquele que é a Palavra encarnada. É o Deus em homem, Deus em ação, manifestado no homem, que pode lhe dar um contato com Deus, a Palavra. Para esse fim, nos juntamos a várias religiões. Estes são os ensinamentos básicos dados por todos os mestres sempre que vieram. Os que os conheceram tinham o pão da vida e a água da vida. Como eles poderiam tê-lo? Elevando-se acima da consciência corporal, analisando-se a partir da mente, do corpo e das atrações exteriores. É uma questão de pura autoanálise.
Religião realmente significa: “re” de volta ou novamente (em latim), "ligio" vem da raiz "ligare" - para ligar. “Para ligar novamente nossas almas a Deus”; é isso que se entende por “religião”. Um é o lado social das religiões. Eles têm seus próprios costumes, seus próprios rituais, ritos e seus próprios modos de oração. Todas essas são boas ações. Eles estabelecem que devemos ler nossas próprias escrituras. Bem, o que são as escrituras? São bons registros dos Mestres que vieram no passado, sobre as descobertas e experiências que tiveram com Deus e se conhecendo, que coisas estavam no caminho e quais eram os fatores de ajuda. Você pode dizer que os Mestres do passado estão falando através de livros. Isso cria em nós um interesse em ter as mesmas experiências que eles tiveram em suas vidas. E a menos que tenhamos a mesma experiência, não podemos estar totalmente satisfeitos. Isso cria um despertar em nós, um desejo ou uma ânsia em conhecer Deus. Eles podem criar um interesse, mas não podem nos levar a ter essas … experiências que eles tiveram. Fazendo orações e realizando certos ritos e rituais, são boas ações, desenvolvem em nós amor e devoção a Deus. São boas ações, são para a preparação do solo.
Kabir disse: “Bem, é uma pena, o corpo humano que temos, o mais grandioso de toda a criação, a oportunidade de ouro que temos (mas não a usamos)”. Ele disse: "Ó alma acorde! Se você não acordar agora neste corpo humano, quando você vai acordar?" Os Vedas antigos dizem a mesma coisa: “Desperte, levante-se e não pare até que a meta seja alcançada!” Essas palavras que eles usaram, os Rishis usaram milhares de anos atrás e Kabir apenas quinhentos anos atrás, entende? As mesmas palavras foram expressas por Guru Arjan Dev. Ele disse: "Acorde, levante-se; acorde, levante-se, você está voltando para Deus. Por que a demora?" Então, o que é esse despertar? Estamos dormindo. Mas onde? No nível do corpo humano e das tendências sensoriais, identificando-nos tanto com isso, que estamos acordados por fora e dormindo por dentro. E nós não conhecemos esse poder controlador que está nos mantendo no corpo. Ele também está dentro de nós. Guru Arjan disse: “Dois irmãos estão morando na mesma casa, mas infelizmente, um irmão não fala com o outro irmão”. E quem são eles? Nossa alma e a Superalma acima. Ele é o poder controlador nos mantendo no corpo. Outro Santo disse: "Alma e Superalma - Deus - estão dormindo na mesma cama. Mas a alma é apenas identificada com as atrações e prazeres exteriores, tanto que ela fica acordada do lado de fora, mas adormecida por dentro. E Deus a espera quando ela abre os olhos". Deus está ansioso por nos receber. Mas somos bastante ignorantes sobre isso. A criança brinca lá fora com as crianças e a mãe espera que a criança volte e coma a comida. É algo assim, entende? É por isso que os Mestres dizem: “Sejam como criancinhas, pois o Reino de Deus é para as crianças”. As crianças têm amor por todos. Se o filho de um rei e o filho de um homem que está passando na rua forem deixados em paz, se abraçam, se amam e se divertem. Não há dualidade, questão de alta ou baixa, nem distinção. E nós pessoas? Somos ricos, somos mais instruídos, somos mais altos, os outros são mais baixos. Então é isso que significa “devemos ser (como) uma criança”, você vê.
Quero dizer que o objetivo final diante de nós é conhecer a Deus. Para esse fim, juntamos várias escolas e estudos de religiões. Temos que ver se atingimos esse objetivo ou não. Os Mestres vieram, em todas as religiões, você vê. Através de um estudo paralelo das religiões, você descobrirá que todos disseram a mesma coisa, é claro em sua própria língua que era predominante na época. Então, dizer que apenas uma religião tem o direito reservado para conhecer a Deus, isso não é verdade e a história não prova isso. Bem, eles dizem a mesma coisa, que você deve ter respeito por todos os homens! O que são os Mestres? Eles estão falando - é Deus falando através deles. “Eu e meu Pai somos um.” Então eles sabiam a verdade, que o Poder de Deus está trabalhando através do corpo humano. Bem, quem conhece a verdade, pode deixar que outros saibam a verdade. “O filho conhece o Pai e outros a quem o filho revela.” Tulsi disse: “Se você quer ser feliz, sente-se aos pés de um Mestre”.
O que é Ele (o Mestre)? Ele é um homem como você, também tem dois olhos, duas orelhas, duas mãos, dois pés, nascidos da mesma maneira, a construção interna do corpo é a mesma. Mas há uma vasta diferença entre Ele e um homem comum: (Diferentemente dele) nossas almas estão sob o controle da mente, a mente está sob o controle dos agentes sensoriais, e estes são atraídos por prazeres externos. Não estamos à nossa vontade e prazer, não somos livres, somos arrastados como qualquer coisa. Guru Arjan refere-se a um exemplo: suponha que exista uma casa e que haja uma dona de casa lá. E ela tem algumas criadas, quatro ou cinco. E nenhuma criada obedece suas ordens. Qual será o estado da casa, se ninguém liga para o que a dona da casa diz? Portanto, a primeira coisa é que aqueles servos que nos foram dados devem obedecer às nossas ordens. Não devemos ser arrastados por eles, mas eles devem estar sob nosso controle. Nós somos os moradores da casa - a senhora da casa, entende. Há cinco servos que nos são dados: esses são os sentidos. Existem cinco meios conscientes de saída trabalhando através dos sentidos: visão através dos olhos, audição através dos ouvidos, cheiro pelo nariz, paladar pela língua e toque através da pele. Esses cinco servos estão nos arrastando para fora, a cada momento da vida. Às vezes você sente - não gostamos de fazer alguma coisa, mas somos atraídos como qualquer coisa por essas orientações. Portanto, devemos controlar esses servos primeiro. Você deve ver, mas, ao mesmo tempo, com os olhos abertos, não deve ver (se não quiser ver). Tenha controle sobre sua visão! Você tem ouvidos abertos, mas precisa ter controle sobre os ouvidos! Mesmo sentado em multidões, você não deve ouvir.…
Você sabe como isso funciona? A atenção é a expressão externa de nossa alma, entenda. Pela atenção que as orientações sensoriais funcionam. Você deve ter essa experiência do dia a dia: às vezes, você está sentado em um estado de atenção muito envolvida, cativado por algum pensamento. Alguém te chama, mas você não ouve, embora seus ouvidos estejam abertos. Às vezes seus olhos estão abertos, mas você não vê. Diz-se que Newton estava sentado à beira de uma estrada, resolvendo certos problemas matemáticos. Ele estava tão absorvido que uma banda passou tocando por ele e ele não ouviu nada. Mais tarde, alguém apareceu e perguntou: “Bem, Newton, já passou uma banda?” - “Não, eu não sei.” Na vida cotidiana, acontece algo que, quando você está muito absorvido e alguém chama você, você não ouve, embora seus ouvidos estejam abertos. Da mesma forma, alguém vem e senta ao seu lado - vem e vai embora, você está tão fascinado que não sabe quem veio e quem foi embora. O que é isso? Essa é a nossa atenção, a expressão de nossa alma que é rebitada, controlada, a ponto que os sensos chegam a parar.
Então, a primeira coisa é ter controle sobre as tendências sensoriais. Que você controla com uma coisa: sua atenção. Se você pode controlar sua atenção sobre determinado assunto de uma certa maneira disciplinada, o que acontecerá nesse caso? Essas distrações exteriores, tendências sensoriais, ou esses servos, não o arrastarão para longe. Agora deixamos nossos olhos passarem, ver uma bela paisagem, e algo irá arrastá-lo como qualquer coisa. Você se tornou ciente do hábito de ir a algum lugar para assistir a alguns cenários, cinema ou algo assim. Na verdade, você não quer ir, mas suas pernas seguem por esse caminho. O hábito se torna natureza. Então este é o caminho natural. Precisamos ter controle sobre esses sentidos, para que ai possamos nos retirar de fora e ir para dentro, encontrar Deus.
Onde esta Deus? O procuramos nas escrituras. Nas escrituras, são dadas as experiências dos mestres anteriores que encontraram Deus. Onde? Eles dizem: "Toque dentro. Ele é a própria alma da sua alma. Você está residindo no corpo e esse poder de controle também está residindo dentro de você". Onde quer que algo esteja - se você quiser encontrá-lo, terá que ir para onde isso estiver. Portanto, acesso mais próximo a Deus está dentro de nós. Ele é o Poder direto nos controlando no corpo. Quando podemos nos direcionar para vê-lo? Nós devemos nos retirar de fora! E, para nos afastarmos de fora, devemos ser capazes de concentrar nossa atenção de uma certa maneira, para tê-la sob controle. Entende? Isso é uma coisa. Se você vem do sol ardente e entra no vestíbulo de um edifício, sente-se revigorado. Claro que você se sente revigorado, mas isso não é suficiente. Você tem que se elevar acima dos sentidos. Lá você encontra Deus. Primeiro você tem que se retirar de fora. Para isso o melhor caminho, o caminho mais fácil e natural, o caminho criado por Deus é pelo controle de sua atenção, afastando-se do exterior. Mas você não consegue se retirar de fora. É algo difícil. Vou lhe dar um exemplo. Uma criança é trancada em um quarto escuro. O que ela fará? Ela vai bater na porta e chorar. Mas se a criança encontrar algo muito interessante, muito atraente, muito fascinante dentro do quarto, ela ficará quieta.
A nossa mente é semelhante. Por que ela não fica dentro, mas tende a ir embora para fora? Porque ela procura prazeres nas coisas externas. Os prazeres externos podem ser divididos em dois: bom cenário, beleza; e o outro, sons muito encantadores e fascinantes, cantos, vozes. No exterior, essas são as principais razões para nossa atenção ser atraída para o lado de fora e essas distrações procedem diariamente. Essa prática do dia a dia formou um hábito em nós, e o hábito foi transformado em algo natural em nossas vidas diárias. Este hábito que temos que desvendar. Só podemos desvendá-lo, se encontrarmos algo mais fascinante, mais encantador e mais saboroso dentro de nós. E Deus fornece isso, essa coisa também está dentro de você. E o que é isso? Deus é a Palavra, que é o poder controlador da sua alma dentro do corpo. Essa Palavra, o Poder-de-Deus-em-expressão, tem dois aspectos: Deus é luz e Deus é a doce sinfonia do som.
Então, quando você se retira de fora e vê a luz de Deus, que já está dentro de você, e ouve a voz de Deus que é muito encantadora, compreende? Quando você provar esse gosto ou êxtase por dentro, naturalmente deixará tudo de fora. É algo assim: há dois copos de água, em um copo você coloca uma colher ou meia colher de açúcar. No outro copo, você pode colocar quatro ou cinco colheres de açúcar. Se você provar o primeiro copo, que parecerá doce para você, não gostará de deixá-lo. Mas se você tiver uma gota do outro copo e depois provar o primeiro, não vai gostar. Não é culpa da mente, eu diria, demos coisas semelhantes a ela, além dessa mente não conhecer outra doçura superior.
Quando você conhece um Mestre, Ele é competente para ajudá-lo a se retirar de fora; Ele é competente para elevar sua alma acima dos sentidos. Ele pode arrastá-lo para fora desta cortina de ferro do corpo humano, abrindo o olho interior, para que você veja a luz de Deus que é mais encantadora, mais bonita. Ele também abre o ouvido interno para ouvir a voz de Deus, a sinfonia das esferas, a música das esferas. Elas são muito encantadores e bonitas - toda a glória e beleza está dentro de você. O plano astral é mais bonito que o plano físico. O plano causal é ainda mais bonito que o astral. Quando você transcende tudo isso, há o mais bonito e encantador. Tulsi, um grande santo do Oriente, nos disse que quando chegou ao terceiro plano, Brahmand, ele disse: "É um plano muito bonito". E depois disso, ele disse: “Quando eu transcendi o Brahmand ou o terceiro plano, pensei: "Oh, bem, Brahmand ou o terceiro plano era uma lavanderia imunda"”.
Então, essas são as coisas que você está provando por dentro. Quando os Mestres falam das coisas mais encantadoras do nosso interior, não acreditamos nisso. Cristo disse: “Bem, olhe aqui, você não acredita no que digo sobre coisas externas, como você acreditaria se eu falasse dos céus?” Entende? Isso é algo dentro de você. A luz de Deus e a Palavra de Deus, a voz de Deus. Você tem referências nas escrituras. “Se você fechar as portas do templo do corpo, verá a luz do céu.” - “Se teu olho passar a ser um, teu corpo todo ficará cheio de luz.” Outros também disseram: “Quando suas tendências sensoriais são invertidas, a luz está lá”. Você não precisa criá-lo, visualizá-lo ou premeditá-lo; é uma questão de pura inversão, tocando dentro, como Emerson diz, espiar o interior e depois se elevar acima dos sentidos. Seria o mesmo com você.
Você encontra nos lugares sagrados de adoração que estão ao nosso redor, que eles são feitos a partir do modelo do homem. Os templos hindus são todos em forma de cúpula, como cabeça. Lá você encontra os símbolos de luz e som: um sino está tocando e a luz está lá. Vá para as igrejas: elas têm a forma de uma cruz ou de um nariz (na planta da construção). Lá você encontra uma vela acesa e sinos tocando. Quando fazem orações no templo hindu, acendem uma vela e tocam os sinos. Então, esses são modelos (do corpo humano) colocados diante de nós para nos informar que princípios como a luz e o som estão ecoando dentro de você. Você o encontrará quando tocar dentro, inverter, ir para dentro. Ele, a quem temos que encontrar, já está dentro de você, o próprio Poder controlador da sua alma no corpo. "Ó homem ignorante, por que você tem procurado em vão? Por que não procurá-Lo lá onde Ele está? O lugar mais próximo de você." Quando seu olho interno se abre, você vê onde está.
Se você encontrar um Mestre, Ele lhe dará essa experiência de como tocar por dentro, como se retirar de fora, entrar no laboratório do corpo humano. Ele oferece uma experiência ilustrativa e você testemunha que é assim. Quando você encontra isso? Quando você se sentar para meditação pela primeira vez (na iniciação). Antes disso, somos cegos. Quem é um homem cego? Os mestres definem: "Aqueles que não têm olhos funcionais na cabeça, não são considerados cegos. Cegos são aqueles, que têm olhos no corpo externo, mas o olho interno está fechado". Nos comparecimentos dos Mestres – você pode encontrar isso na história de todos os Mestres – Eles costumavam dar “olhos”. Bem, esses é o entendimento de “olhos” que Eles costumavam dar.
Antes de ir para eles, você era cego, não vendo a luz de Deus. Seus olhos estavam selados. Eles quebram os selos e você começa a ver a luz. Quando você volta, você volta um homem com os olhos abertos, entende? Quando você fecha os olhos agora, vê a escuridão interior. E depois da iniciação, sempre que você se senta (para meditação), encontra luz interior, é uma grande diferença, não é?
Quando você vai até Ele, você é surdo. Ele quebra os selos nos seus ouvidos e você começa a ouvir as doces sinfonias das esferas. Que benção é ter um Mestre vivo, competente para lhe dar essa experiência para começar com! Lembre-se disso, os Mestres não lhe dão falsas promessas de ver depois da morte! Quem sabe se você vai ver ou não, ter ou não? Eles querem nos dar algo prático – dinheiro, não crédito! Eles dizem: "Bem, enquanto vivo você é um homem instruído, e mesmo depois de deixar o corpo, você continuará instruído". Se, enquanto vivo, você é um homem bastante ignorante e sem instrução, ao deixar o corpo não irá se tornar um homem instruído.
Você está aqui neste quarto. Se você sair do quarto, você será o mesmo de quando você estava dentro dele. Então, ter a experiência na vida (é um dever). "Um pássaro na mão é melhor que dois voando!" Então o Mestre dá a você um dinheiro, você vê, algo para ter uma experiência na vida. Eles até nos dizem: "Não acredite nas palavras dos Mestres! Não acredite nas escrituras também." Você pode tomá-los como uma medida experimental, mas não pode se convencer até ter a mesma experiência. É isso que os Mestres fazem. Assim como um médico é um homem, mas desenvolveu-se dessa maneira pela anatomia, sabendo então como funciona esse sistema do corpo. Da mesma forma, o homem que se elevou acima da consciência corporal vê a luz de Deus e ouve a voz de Deus. Ele parece ser um homem como você, mas tem competência. Quando Ele quer, Ele se eleva acima da consciência corporal e atravessa ao além. Se alguém vem a Ele, o Deus Nele – Ele é Deus no homem e o homem em Deus – o Deus Nele ajuda os outros também a ter a mesma experiência. Para resolver o mistério da vida, você deve sentar-se aos pés de alguém que resolveu o mistério da vida. Para conhecer a Deus, naturalmente, você precisa da companhia de alguém que conhece a Deus. Falar de Deus é uma coisa, conhecer Deus é outra coisa. Falar em riqueza é uma coisa e ser rico é outra coisa. Falar das leis da saúde é uma coisa, e ser saudável é outra coisa.
Sempre que os Mestres vieram, eles deram essas mesmas coisas, coisas muito práticas. "… ninguém conhece o Pai a não ser o Filho, e aquele a quem o Filho o desejar revelar." O professor de um homem tem que ser um homem, entenda. Quando uma criança nasce, a mãe é sua professora, seus irmãos são professores. Quando ele vai à escola para aprender alguma coisa, alguns professores estão lá. Eles também são homens. Quando você tem que se desenvolver de qualquer maneira, qualquer assunto que você queira abordar, naturalmente você quer alguém que seja especialista nessa esfera. Em todos os conhecimentos externos, somos dependentes dos fatores exteriores. Aqueles que querem conhecer a Deus, que está além de todos os sentidos, que é insondável, indefinível, a quem você não pode trazer no escopo de seu intelecto, para isso você não precisaria de alguém que possa ajudá-lo lá? Decida no fundo do seu coração! Precisamos de alguém para ter essa experiência, que tenha a competência para te elevar por um tempo, e abra seu olho interior. Você começa a ver a luz e presta testemunho dela - que seja muita ou pouca, de acordo com as experiências passadas de cada homem.
O homem está em formação. Por isso, Cristo disse a seus discípulos: "Mas abençoados são os vossos olhos, porque enxergam; e os vossos ouvidos, porque ouvem. Pois com certeza vos afirmo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram; e ouvir o que ouvis, e não ouviram." Então ele lhes disse: "O que vos digo na escuridão, dizei-o à luz do dia; e o que se vos diz ao ouvido, proclamai-o do alto dos telhados!" E você encontrou a verdade. Resolva o mistério da vida para atrair (à verdade) a atenção daqueles que buscam a Deus.
Temos sorte de ter o corpo humano. Havíamos nos juntados as várias escolas de pensamento com o mesmo objetivo (conhecer Deus). Agora, temos que saber se alcançamos isso que eu dei de forma direta para vocês, sobre a mesma coisa que todos os Mestres relatados deram a quem os procurou com esse objetivo. Se você conseguiu, você tem sorte. Caso contrário, por favor - você deu os primeiros passos. Você não precisa mudar sua religião, veja bem, fique onde está, esses ensinamentos já existem nela. A verdade é uma. Todos os Mestres que vieram deram a mesma verdade. Agora você precisa de alguém que possa dar um passo adiante. Você está lendo as escrituras - bom. Mas mesmo para entender a importância correta das escrituras, você precisa de alguém que esteja no caminho, porque os Mestres deram o que eles viram. Se agora interpretarmos estas escrituras no nível do intelecto, não podemos provar a veracidade deste trabalho. Quando você encontrar alguém que viu o caminho, ele ira te passar a mesma experiência que ele teve na vida e o verdadeiro significado dela, entenda.
Suponha que você diga: "Este é um relógio", dizendo a palavra 'relógio', quero dizer apenas este relógio, não um cachorro, uma casa, um elefante ou um prédio. Os intelectuais dão versões diferentes da mesma coisa. Se você gostaria de ter o sentido correto das escrituras, deve ter alguém que esteja a caminho. Realizar certos ritos e rituais - isto desenvolve amor e devoção em você. Esse é o primeiro passo. São boas ações. Você deu o primeiro passo, agora dê o outro passo, que é apenas se elevar acima da consciência corporal. "Aprenda a morrer para que você possa começar a viver!" Você dirá: "Como podemos morrer?" Santo Paulo disse: "Eu morro diariamente". Guru Nanak disse: "Aprenda a morrer cem vezes por dia", você vê. Os santos maometanos dizem as mesmas coisas, e também todos os outros. É um assunto prático para renascer no além, entenda. Eles dizem: "Abra o olho interno que vê a luz que já está lá".
Então, eu estou aqui para não advogar nenhuma religião nova para vocês. Permaneça onde você está. Sejam verdadeiros cristãos! O que Cristo disse? "Abra o olho interior e veja a luz de Deus dentro de você." Quem vê a luz de Deus, ele é um verdadeiro cristão. Mas se ele não tinha visto a luz de Deus, então? Entramos na escola, é claro, mas ainda não nos tornamos verdadeiros cristãos. Da mesma forma, um sikh é aquele que vê a luz de Deus. Você pode ter as formas externas (de sua religião), esse é o primeiro passo. Pertencer, viver em alguma religião é uma bênção, mas devemos nos elevar acima. Se não vivermos em nenhuma religião, haverá corrupção ou teremos que criar uma nova religião. Por que você não permanece nas religiões que resistiram ao teste dos tempos? Se há algo de corrupto, veja, deixe-o de lado e siga os verdadeiros ensinamentos que os Mestres deram de tempos em tempos. Como te disse, não vim advogar uma nova religião. Permaneça onde você está! Esta é a verdade que foi dada por todos os mestres. Apenas tente encontrar alguém que saiba o caminho. Você quer um professor em cada linha, veja você, qualquer que seja o assunto que tenhamos que abordar. Vamos nos sentar aos Seus pés (aos pés de um Mestre). Ele é seu verdadeiro amigo, seu verdadeiro irmão e é competente para lhe dar alguma experiência. Todo crédito é para Ele (Deus), nenhum filho do homem pode fazê-lo. Mas o Deus, que é manifesto Nele, é competente para levantá-lo e dar-lhe uma experiência do seu próprio ser.
Eles queriam que eu falasse alguma coisa, então, da melhor forma que eu conseguiria, eu lhe dei o pouco que eu sei resumidamente com poucas palavras. Estas palavras são para sua calma consideração. Se você tem uma verdadeira ânsia, fome, sede de Deus, é somente Deus quem deve tomar as providências. Ele o colocará em contato em algum lugar onde você possa ser colocado no caminho. Sempre que os Mestres vêm, eles consideram o nível do corpo humano ou o nível da alma encarnada, e não no nível de classes e possessões externos ou das diferentes religiões que estamos carregando. É por isso que Seu primeiro trabalho é unir todos os filhos de Deus – não para misturar suas religiões em uma, mas deixá-los permanecer onde estão. Simplesmente suba acima da consciência corporal para chegar à verdade. O Mestre tem a competência para te elevar e ter a experiência necessária para começar.